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Aviões para combater o abigeato no Rio Grande do Sul

Avião Ximango

Concluída a 37ª Expointer, várias certezas ficaram estabelecidas. Uma delas é que o Estado terá que fazer um combate sério e organizado ao abigeato (roubo de gado), que causa prejuízos aos produtores, à receita pública e aos consumidores, abastecidos com carne sem procedência, de animais abatidos sem qualquer fiscalização. Uma das propostas é dotar a Brigada Militar de melhor patrulhamento aéreo, com aviões Ximango, de fabricação gaúcha, cujo desempenho já foi provado como melhor e mais barato do que outros equipamentos como bimotores e helicópteros. A opção pelo Ximango também reforçaria o desempenho de uma tradicional indústria aeronáutica do Rio Grande do Sul.

O industrial Cláudio Barreto Viana, presidente da Aeromot, explica que o uso do Ximango tem custo muito menor do que as demais aeronaves. Cálculo do Grupamento de Polícia Militar Aéreo, da Brigada Militar, mostra que, considerando o custo do Ximango com índice 100, o de um avião monomotor será de 220, e o de um bimotor, 502. Os helicópteros também são operacionalmente mais caros: um Schwizer tem índice de custo 307, um MD-500, de 593, e um Esquilo, de 1190. Missões de observação aérea e patrulhamento que possam ser executadas com Ximango devem ser feitas com este tipo de aeronave, reservando as demais para missões que só elas possam efetuar. A BM já tem até um projeto, com três bases em Uruguaiana, Bagé e Santa Vitória do Palmar. Os prejuízos do abigeato chegam a R$ 300 milhões anuais, 20 vezes mais do que o preço a pagar, em dois anos, por uma frota de 10 aeronaves Ximango mais estação móvel de terra.

Fonte: Danilo Ucha / Jornal do Comércio

Foto: Internet

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