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Prestes a completar um ano, menino que nasceu com grave cardiopatia ainda aguarda transferência para Uruguaiana
Um mês depois de ZH tornar pública a saga de um bebê que nasceu com uma grave cardiopatia, Robert Luis Salbego Maia Machado Xavier ainda aguarda a transferência para Uruguaiana, sua terra natal. Um emaranhado burocrático emperra a alta necessária para evitar que o menino, que já é portador de uma superbactéria, adquira novas infecções.
A criança está a 21 dias de completar o primeiro aniversário. A falta de cumprimento por parte do Estado e do município da decisão judicial que obriga a montagem de um sistema de home care (serviços da área de saúde em ambiente extra-hospitalar) deixa os nervos da família em frangalhos.
Para zelar por Robert, durante quase todo estes 12 meses, a mãe, Nívea Maia, 34 anos, vive apartada de quem deixou para trás: o marido Rogério Machado Xavier, 34 anos, e os filhos Willian, 15 anos; Sara, 14 anos; Stefany, 12 anos; e Davi, 10 anos. Enquanto aguarda que as autoridades exerçam suas funções, eles perdem minutos preciosos.
Fisioterapeutas recomendam que ele fique sentado, que engatinhe. Impossível. A dificuldade está ligada ao longo período internado na Unidade de Terapia Intensiva depois de se submeter a quatro cirurgias. Mais uma deve ser feita ainda este mês, para a tentativa de retirada da traqueostomia.
Com o quadro clínico estável, teria condições de voltar para casa. As medidas necessárias para tanto — quarto aparelhado e equipe multidisciplinar — são exigidas pela Justiça. Como a decisão da comarca de Uruguaiana não foi cumprida, o juiz determinou o bloqueio dos bens de ambos os órgãos no valor correspondente ao necessário para o primeiro mês de tratamento (R$ 8.933,75).
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual da Saúde informou que já foram realizados os orçamentos junto às empresas que prestam esse tipo de serviço. O órgão não soube informar um prazo para a compra dos equipamentos. O município de Uruguaiana disse que dispõe da equipe que irá cuidá-lo, mas aguarda as providências do Estado.
Fonte: ZERO HORA