Notícias
Quatro condenados por introdução de estrangeiros irregulares
A 1ª Vara Federal de Uruguaiana condenou, nesta segunda-feira, quatro pessoas acusadas de auxiliar um grupo de chineses a entrar ilegalmente no país. O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia com base nas investigações realizadas pela Polícia Federal (PF).
De acordo com o processo, os estrangeiros chegaram ao Brasil em voos vindos de Pequim com destino ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Após descerem das aeronaves, teriam sido conduzidos até São Paulo, onde se encontravam com um dos réus, responsável por levá-los até Porto Alegre e daí a Uruguaiana. No município, outros três homens prestariam o apoio e o transporte necessários para que os sete chineses pudessem cruzar a fronteira com Paso de Los Libres, na Argentina.
Os imigrantes ilegais foram flagrados pela Polícia Federal já no sul do estado. Os agentes foram alertados pelos carimbos de entrada no país, afixados sobre os vistos nos passaportes dos viajantes, o que levantou suspeitas sobre uma possível falsificação.
Para o juiz Guilherme Beltrami, as provas apresentadas comprovaram a prática criminosa. O magistrado condenou os denunciados – dois brasileiros, um argentino e um chinês – pelos crimes de introdução e ocultação de estrangeiros irregulares no país e formação de quadrilha.
Dois dos réus receberam pena de dois anos, um mês e 15 dias de detenção, além de um ano e cinco meses de reclusão. Os demais foram condenados a um ano, sete meses e 15 dias de detenção e, ainda, um ano e cinco meses de reclusão. Beltrami considerou a periculosidade dos envolvidos e o fato de haverem se organizado previamente para a prática dos delitos, e decidiu não aplicar a substituição por penas restritivas de direitos.
Cabe recurso da sentença para o TRF4.
Município aparece na rota comumente usada por “coiotes”
Desde junho de 2012, ocorreram várias prisões em flagrante de supostos “coiotes” que estariam atuando na região. Somente na 1ª Vara Federal de Uruguaiana, tramitam ações oriundas na migração irregular de chineses e africanos. Em agosto do ano passado, o juízo já havia condenado um grupo de pessoas pelas mesmas práticas criminosas.
Fonte: Zero Hora